Há muito tempo, existe um curioso aspecto folclórico envolvendo o tecido sanguíneo. Desde os tempos antigos, faz parte dos pilares das civilizações acreditar que o sangue contém vida ou pequenas partes da alma de uma pessoa. Vemos essas crenças se refletirem em práticas culturais, como o sacrifício de sangue para acalmar deuses, ou em histórias populares onde ele é utilizado como fonte de juventude e vida eterna.
A crença de que o tecido sanguíneo tem algum poder místico fez com que muitos médicos da antiguidade procurassem formas de transfusão, embora todas elas tivessem sido sem sucesso. O tempo passou e as tentativas não diminuíram, apesar dos constantes fracassos. Foi no final do século XIX, acompanhado da modernização das guerras, que parte da solução para este problema foi descoberta. Ela veio de um imunologista austríaco chamado Karl Landsteiner e foi nomeada como sistema ABO.
Karl Landsteiner percebeu que algumas combinações de sangue são de fato incompatíveis, mas não todas. Devemos a ele o reconhecimento de que os tipos sanguíneos são determinados pela presença de três antígenos básicos localizados na membrana das hemácias, os quais se distinguem basicamente na porção terminal da molécula.
Indivíduos do tipo A são aqueles que codificam uma enzima glicosiltransferase que adiciona uma molécula de N-acetilgalactosamina ao antígeno da glicoproteína H. Já indivíduos do tipo B codificam outra glicosiltransferase que, neste caso, adiciona uma molécula de N-galactose. O tipo O, por sua vez, não codifica nenhuma das duas enzimas, o que faz com que o antígeno de suas hemácias apareça "desnudado", podendo ser recebido por "qualquer" indivíduo. Como os tipos A e B são codominantes, algumas pessoas podem codificar ambas as enzimas citadas acima e serão chamadas de indivíduos AB.
A descrição dos sanguíneos rendeu mais tarde o prêmio nobel para Landsteiner, e mais que um prêmio, essa descoberta também levou à salvação de muitas vidas. Karl Landsteiner era fruto de sua época, onde os assuntos envolvendo sangue estavam tão em alta que podem ter inspirado o conceito de "vampiro moderno" visto em Drácula, de Bram Stoker (1897), mantendo assim aquela alça de retroalimentação onde o folclore impacta a ciência e a ciência impacta o folclore.
A crença de que o tecido sanguíneo tem algum poder místico fez com que muitos médicos da antiguidade procurassem formas de transfusão, embora todas elas tivessem sido sem sucesso. O tempo passou e as tentativas não diminuíram, apesar dos constantes fracassos. Foi no final do século XIX, acompanhado da modernização das guerras, que parte da solução para este problema foi descoberta. Ela veio de um imunologista austríaco chamado Karl Landsteiner e foi nomeada como sistema ABO.
Karl Landsteiner percebeu que algumas combinações de sangue são de fato incompatíveis, mas não todas. Devemos a ele o reconhecimento de que os tipos sanguíneos são determinados pela presença de três antígenos básicos localizados na membrana das hemácias, os quais se distinguem basicamente na porção terminal da molécula.
Indivíduos do tipo A são aqueles que codificam uma enzima glicosiltransferase que adiciona uma molécula de N-acetilgalactosamina ao antígeno da glicoproteína H. Já indivíduos do tipo B codificam outra glicosiltransferase que, neste caso, adiciona uma molécula de N-galactose. O tipo O, por sua vez, não codifica nenhuma das duas enzimas, o que faz com que o antígeno de suas hemácias apareça "desnudado", podendo ser recebido por "qualquer" indivíduo. Como os tipos A e B são codominantes, algumas pessoas podem codificar ambas as enzimas citadas acima e serão chamadas de indivíduos AB.
A descrição dos sanguíneos rendeu mais tarde o prêmio nobel para Landsteiner, e mais que um prêmio, essa descoberta também levou à salvação de muitas vidas. Karl Landsteiner era fruto de sua época, onde os assuntos envolvendo sangue estavam tão em alta que podem ter inspirado o conceito de "vampiro moderno" visto em Drácula, de Bram Stoker (1897), mantendo assim aquela alça de retroalimentação onde o folclore impacta a ciência e a ciência impacta o folclore.









